JAN/2006
O DESPERTAR
Por que aqui estamos? O que nos aglutina de fato neste dia 21 de janeiro de 2006?
Amigos, o que nos reúne, em verdade, é o sentimento profundo de perda. Não apenas esta, deste espaço que sempre foi nosso e pelo o qual iremos reunir forças e lutar. Mas então, qual é a perda? Perda de quê? Da nossa identidade como cidadãos! Perda de tudo aquilo que possui um significado. De tudo aquilo que representa algo para nós. De tudo aquilo que nos identifica com a nossa cidade, que mantém vivo nossos elos com ela. Nossas lembranças, nossas recordações, nossa memória. Enfim, nossa história.
Onde estão os nossos signos? O que fizeram com tudo aquilo que representava algo para nós? Nós não queremos ver nossos signos, nossa história, projetada sobre uma mesa, em forma de maquete. Somos muito maiores que isso.
Este Movimento, que começa pequeno, como uma plantinha, ganhará força e criará raízes, se lhe dermos a devida atenção. Esta plantinha é muito frágil neste primeiro momento, precisamos protegê-la e vigiá-la.
Não tenham dúvidas, ventos fortes surgirão. Precisamos estar preparados para a tempestade. Contudo, tenham certeza de uma coisa, meus caros. Após a tempestade, nós sabemos, virá a bonança.
“Um dia, num futuro que ainda nos aguarda, em um domingo de sol, num final de tarde, sentarão um velho e uma criança diante da nossa lagoa, contemplando o espetáculo do crepúsculo, olhando os morros. Então o ancião contará esta história a criança, essa nossa história que ainda está por ser feita. Passado e futuro, ali se encontrarão e a criança saberá a razão pela qual ela tem o direito de ali estar...”
Que Deus nos abençoe!
Ronaldo Souza da Silva
Coordenador geral
